html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> Tudo&Nada: 02/01/2004 - 03/01/2004

Tudo&Nada

Retalhos de tudo...e de nada...

sábado, fevereiro 28, 2004

E

E as estrelas cairam
E o mar engoliu
E as flores murcharam
E ele partiu

E as palavras sumiram
E a multidão calou
E as mãos desuniram
E ele voou

E a música feneceu
E a Natureza chorou
E o coração adormeceu
E ele apagou

E a rosa murchou
E o sol escondeu
E o céu desabou
E ele desapareceu...

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

A felicidade não é um ideal da razão mas sim da imaginação. Immanuel Kant

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

Foi...

Não é verdade...parece que desapareceste mas não...o que realmente amamos nunca desaparece fica connosco, sempre...
Foi um mal entendido, uma questão de tempo, essa palavra tão pequena e tão assustadora...Roubámos um segundo ao tempo para pensar e tudo foi por água abaixo. Agora há que resgatar esse momento, pintá-lo novamente, vivê-lo uma vez mais...
Foi um olhar sem conseguir ver para além das palavras proferidas, um olhar preso nas aparências que desprezou os gestos, as suplicas que bailavam nos teus olhos em chamas...
Foi um parar no tempo e nem por magia conseguir retomar os segundos perdidos, nem por milagre (será que existem mesmo? Não creio...) salvar o que poderia ter sido...
Foi um agarrar de uma fina areia branca que nos escorre por entre os dedos deixando apenas leves grãos de recordações ténues que se vão esbatendo ao longo dos segundos acumulados....
Foi uma tentativa de abarcar o oceano, querendo-o só para nós, tomando posse de todos os seus mistérios , sendo sereia quando não se passa de uma mera ilusão...
Foi um desencontro, um caminhar num labirinto onde nos enganamos na saída e voltamos ao início, o pior é regressar ao início...É impossível! Como se pode voltar no tempo até aterrarmos no início uma vez mais? Talvez não se possa mas é urgente tentar! Tentar...uma palavra tão fácil de pronunciar e que implica tanta coisa...tem de se ser corajoso para tentar e mesmo não tentar já implica ter a coragem de tomar uma decisão. Assim, devemos andar sempre de mãos dadas com a coragem. Só então poderemos tomar atitudes de cabeça erguida, seguir em frente sem olhar para trás, ou se olharmos devemos olhar apenas de relance, ter a coragem de fazer que o que está para trás não nos puxe irremediavelmente consigo...para trás...de novo...
Foi...e não volta a ser...(mas podemos sempre tentar).

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Again

Trying to get hide,
Trying to forget,
Lying somewhere out of my mind
And just keep rollin’, again…

Crying by your side
We’re reaching the moon
Confusing me all the time
I’m being such a fool, again…

You’re always here
But your eyes destroy me
I can’t hold it anymore
I’m running away, again…

I know I’m not the one
And I keep trying to be
I want to be!I am!
No…I’m falling again…

Here Without You

A hundred days have made me older
since the last time that i saw your pretty face
a thousand lies have made me colder
and i don't think i can look at this the same
but all the miles that seperate
disappear now when i'm dreaming of your face

(Chorus)

i'm here without you baby
but you're still on my lonely mind
i think about you baby
and i dream about you all the time
i'm here without you baby
but you're still with me in my dreams
and tonight it's only you and me

the miles just keep rollin'
as the people leave their way to say hello
i've heard this life was overrated
but i hope that it gets better as we go

(Chorus)


everything i know,and anywhere i go
it gets hard but it wont take away my love
and when the last one falls
when it's all said and done
it gets hard but it wont take away my love

(Chorus)


3 Doors Down

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Olho...Triste...

Olha!Repara no que fizeste com essas palavras impensadas, ou seriam tão pensadas, tão repetidas e ensaiadas na tua cabeça que nem me apercebi?Não interessa...O que interessa é que as disseste e me magoaste...Fico a pensar se não era isso que querías...magoar-me...Mas não pode ser, não acredito, não quero acreditar!Porque farías isso?Porque também eu já te magoei?Já pedi tantas desculpas...tantas...e a mim mesma...tantas...E mesmo assim não se esquece e parece que queres sempre relembrar-me, avivar-me esta ideia que quero longe, bem longe do meu pensamento.Dizes-me para me olhar ao espelho...Olho...E nada vejo...apenas uma insignificante pessoa que me diz olá do outro lado do reflexo...Olho...E fico a pensar nas tuas palavras...Fico a remoê-las como sempre faço com tudo o que me dizem...(será defeito meu?Talvez...)Mas desta vez não concordo!Se eu pensasse só em mim tudo tinha corrido bem...Quando as pessoas só pensam nelas corre-lhes sempre tudo bem, quanto aos outros...pouco importa...Não foi o que aconteceu...É uma critica...Mas não aceito, não concordo, indigno-me!Tenho esse direito não tenho?Ou será que nem isso me concedes?Olho para o espelho mais uma vez...O sorriso desapareceu...Os olhos estão brilhantes...O rosto baixo...Olho mais uma vez...Também agora estás lá...Triste...Olho...Triste...Triste...Olho...Chega!Chega de pensar, chega de remoer tudo!Chega!Para sempre chega!Amanhã tudo fluirá...e tudo acabará...enfim...alívio!

domingo, fevereiro 15, 2004

Incapacidade de Amar

Gritar até perder as forças
Vaguear até ao fim do mundo
Correr a mil à hora
Cair em sonho profundo

Querer apagar o sol
Conseguir fugir pr'a lua
Tentar morder o anzol
Desaparecer, zarpar numa falua

Sugar os mares
Agarrar as estrelas
Ter tantas oportunidades
E simplesmente perdê-las...

Fazer por esquecer tudo
Mas em tudo sempre pensar
Sorrir e mentir, contudo...
Incapacidade de amar

sábado, fevereiro 14, 2004

Como é possível?

Como é possível?
Querer pensar uma coisa e fazer outra?
Querer agir duma maneira e sair tudo errado?
Querer gritar que sim e gemer não?
Querer voar e ficar presa?
Querer tentar mas já não conseguir?
Querer voltar atrás mas o tempo não parar?
Querer libertar-me das minhas próprias amarras e elas envolverem-me cada vez mais?
Querer correr, fugir, desaparecer e nunca sair do mesmo lugar?
Querer fazer que nos compreendam e incompreendida ficar?
Como é possível?...

Dia dos Namorados

Mais um dia dos namorados...Para cada lado que olhava na rua via um rapaz com uma flor na mão, um par de namorados, um par que em breve também o seria...Enfim a rua foi assaltada pela onda do amor...Hmmm seria mesmo?Ou este dia é igual a todos os outros com a diferença de que se "tem" de dar uma prenda?E quando digo "tem" é porque desespera-se quando não se encontra aquilo que queremos, ou quando não sabemos o que dar, ou quando não fazemos ideia se a pessoa gostará...ou..ou..ou!Sempre aquele nervoso miudinho que nasce dentro de nós sem a nossa permissão!
Então e quando temos alguém a quem demonstrar o nosso amor?O sol parece que brilha mais...o dia sorri-nos e as flores espalham os seus perfumes...os pássaros encantam com a sua sinfonia e apetece-nos voar com eles...trincar frutos exóticos de suculentas polpas...o céu salpica-se de nuvens tão brancas e envolventes qual paisagem feérica...a àgua espelha a luz dos nossos olhos apaixonados...Mas e se não temos ninguém?O sol apaga-se...o dia enjoa-nos com os seus odores distantes...as flores murcham...os passáros são estridentes...o céu é escuro e feio...a água perdeu o seu poder de reflectir...ou seremos nós que não queremos ver o nosso reflexo?
Mas apesar de tudo é sempre bom haver um dia especial reservado para um pouco mais de amor e carinho...ou então não...

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Prefiro gritar no silêncio e mesmo assim ninguém me ouvir do que fazer-te ver o que já foi e o que poderia ter sido se não fosse eu...

terça-feira, fevereiro 10, 2004

Momento de alucinação

Sinto-me em branco
Qual folha de papel
Liberta em pranto
Navegando num burel

Sinto-me vazia
Como árvore oca
Envolta na maresia
Beijando a tua boca

Sinto-me perdida
No meio da multidão
Estou ferida
Bem fundo no coração

Sinto-me...não!
Nada sinto...
Foi apenas...
Momento de alucinação...

domingo, fevereiro 08, 2004

Soneto da Separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez de amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinícius de Morais

Razão ou coração?

Haverá pior sentimento do que aquele de não se saber o que fazer?Para mim não...Talvez ainda não tenha experimentado todos os sentimentos, é certo, mas aprendi que "Não se fala do que não se sabe" por isso só falo daquilo que sei (ou julgo saber...).
Podemos sentir ódio de alguém e sabemos a atitude a ser tomada nessa situação...Podemos gostar deste ou daquele e sabemos o que fazer...Podemos viver isto e aquilo e sabemos como agir...Mas e se nos depararmos com um momento onde paramos no tempo, pensamos e repensamos e mesmo assim não sabemos o que fazer?Haverá pior angústia que esta?
A razão encaminha-nos para um lado mas o corção teima em guiar-nos para o lado oposto!E agora?Qual deles seguir?Mesmo sabendo que o coração não tem razão há em nós uma voz que ressoa e pede para que o sigamos...E se a voz for enganadora?Já é tarde demais...E reparamos que afinal a razão...oh!Tinha sempre razão...Mas continuamos a repetir o mesmo erro vezes sem conta, magoamos pessoas de quem tanto gostamos, magoamo-nos a nós próprios e nunca aprendemos a ignorar o coração!E se seguíssemos a razão?Talvez nos arrependessemos depois...Sempre o mesmo dilema...Sempre o mesmo sentimento de não saber o que fazer domina-nos, prende-nos até sufocarmos, até esgotarem-se as forças de tanto pensar e não obter resposta...
Talvez agora seja melhor eu seguir a razão...mesmo que o coração me guie noutra direcção...mas esta minha estrela guia já me enganou e agora não lhe tenho confiança...E agora prefiro seguir quem nunca me traiu, quem nunca magoou ninguém, quem nunca seguiu aqueles impulsos que deitam tanta coisa a perder...
Seguirei a razão...Talvez um dia me arrependa mas não se pode pensar sempre só em nós...Um sorriso me mostrarão em vez de uma doce lágrima...E aí, saberei que ao menos alguém foi feliz...

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

Silêncio...vejo nos teus olhos um brilho
São de um castanho profundo, penetrante
Procuraram sempre o meu trilho
Mas eu...oh! Eu sou uma farsante...

Não te mereço não
Nunca te mereci...
E tu...tentaste...mas tudo foi vão
Eu não mereço o que há em ti

E agora que tudo mudou
Que a espera terminou
Esquece que estou aqui...

O amor que sentes por mim(?)
Ignora a minha existência
Que eu morra mil vezes para ti!

(Des)Enganos

Nunca vos aconteceu pensarem uma coisa de uma pessoa e no fim ela surpreender-vos? E quando digo surpreender neste caso é pela negativa...Na verdade isto acontece-me algumas (demasiadas) vezes... Espera-se uma coisa da pessoa e mais tarde vemos que nunca foi possível...Que os nossos olhos estavam possuídos por aquela fina areia branca que orna todas aquelas praias de sonho...Que imaginamos o que a pessoa fará mas nunca acertamos no que ela realmente age...Foi assim...Foi assim que acreditei num mar de palavras...num céu de sentimentos... E agora pergunto se tudo não passou de imaginação minha. Se não foi um gozo...
Serei ingénua? Talvez seja ao esperar uma coisa que possivelmente a pessoa nunca foi. Estarei à espera da perfeição? Não! Ninguém é perfeito nem eu quero que seja pois seria deveras aborrecido deparar com gente "certinha" sem defeitos a apontar, sem progressos a fazer, sem aquele risco de perder, sem aquelas falhas que tentamos ajudar a colmatar e que tanto prazer nos dão quando ficam mais limadas...Mas então de que estou eu à espera? De tudo...E de nada...
É claro que quando uma pessoa nos surpreende isso não se deve só a ela mas também a nós mesmos...Então o mal estará em nós? Em mim está com certeza...Instabilidade, confusão são rainhas...Mas não sou a única. Não carrego sozinha este fardo...Talvez esperasse outra coisa...Talvez algo impossível, quem sabe? Talvez tudo...menos isto...
Na verdade, nunca pedi nada e no entanto recebi aquilo que não mereço amor(?).Não mais mo expresses já que assim são duas a cair no engano. Duas? Agora é que fiquei com dúvidas se não passará de gozo (devo estar a ser injusta...mas é o que sinto)...Mas esse gozo mereço não é?...Sempre os mesmos fantasmas...Sempre as mesmas dúvidas...Enfim...Sempre a mesma...
Surpreendi-me! Mas não cairei no mesmo (des)engano...?

quinta-feira, fevereiro 05, 2004

Uma manhã muito bem passada

Às quartas de manhã fico sempre em casa, tal como ontem, mas ontem foi diferente...A minha avó Bia esteve na minha casa e conversei com ela a manhã inteira...De repente, deu-me uma vontade imensa de regressar àqueles tempos de fantasia, do mundo cor-de-rosa só nosso, dum tempo onde só fazes aquilo que te apetece. Foi então que lhe pedi para me contar uma daquelas histórias que ela me contava em pequena, um conto popular que devido à sua oralidade poderia ser perdido no tempo, no esquecimento...É por isso que o vou contar agora, tal e qual como a minha avó mo contou (bom..há que ter em conta que "Quem conta um conto acrescenta um ponto...mas vou tentar fazer o mais parecido possível), para que não se perca qual folha de papel largada ao vento:
"Havia uma vez um rei que foi ao barbeiro mas o barbeiro tava só a remexer-lhe na cabeça e o rei, já farto, disse:
-O que é que estás aí a fazer?
-Minha majestade, o senhor tem um piolho na cabeça.
-Piolho é de fidalgo!...Mas apanha o piolho e guarda-o.
O barbeiro assim fez e guardou o piolho numa caixa.
O piolho começou a crescer e já não cabia na caixa, então, o rei decidiu matá-lo. Dos ossos do piolho fez uma cadeira e da pele um tambor.
Este rei tinha uma filha e mandou apregoar nas ruas que quem adivinhasse do que eram feitos a cadeira e o tambor casava com a princesa.
Entretanto, a princesa tinha um namorado, um príncipe, sem que o rei soubesse. Quando se encontraram à janela ela disse-lhe de que era feito aquilo mas o príncipe, que estava longe, não ouviu...Só um marreco, no meio dos mendigos que estão sempre debaixo dos palácios, o ouviu.
Assim, no outro dia, o marreco foi ao palácio e fez tanta barafunda que os criados acabaram por deixá-lo entrar. Disse que vinha adivinhar de que era feita a cadeira e o tambor e como era esperto andou a dar voltas e mais voltas em roda dos objectos até que disse:
-Real majestade, a cadeira é feita dos ossos do piolho e o tambor da sua pele.
O rei ficou maluco...mas palavra de rei não volta atrás e sua filha casou-se com o marreco.
Partiram para fora do Reino e quando iam a passar um vale o marreco pôs-se deitado para a princesa passar por cima dele sem sujar os seus reais pés. Mas a princesa empurrou o marreco pelo rio abaixo e matou-o. Então, cada vez que falava ouvia sempre uma voz "Estás livre do marreco mas não estás da corcunda"
Andou alguns dias até que foi parar a um Reino, o Reino do seu príncipe. Vestiu-se de cozinheira e no dia do casamento do príncipe quando ia provar um dos bolos ouviu uma voz "Dás-me um bocadinho?" Ela muito esperta responde "Põe-te então aqui na ponta da colher" E assim atirou a voz para o mei do lume...PUFF...grande estromdo...a voz terminara...Tornou-se a vestir mas desta vez de princesa e o príncipe ao ver a sua amada desistiu logo do casamento para ficar com ela"
É assim que acaba a história do piolho que me contavam para eu comer (sim porque eu fazia birras enormes para não comer nada..são fases..).

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Porquê?

Porquê?Porque me fizeste crer que sim e agora dizes que não?Agora já é tarde para voltar atrás...Mas todas aquelas palavras bonitas afinal não passavam disso mesmo!Palavras...bonitas sim mas sem sentimento...E eu?Acreditei...E ia tentar começar de novo...Agora já não!Tudo terminou não foi?Tudo porque tu decidiste tê-la...A ela!Quem será?Valerá a pena?Talvez valha para ti já que só queres um depósito que escute palavras bonitas, que fique encantada e depois voltas a fazer o mesmo...Porquê?Porque me fizeste isso?A mim que dizias tanto gostar...A mim com quem te davas tão bem...A mim que fazias acreditar que a tua vida não fazia sentido se eu não fizesse parte dela...Tudo mudou não foi?Porquê?Só quando eu comecei a acreditar...a gostar...a sentir...é que me disseste que não!Porquê logo agora?Querias que eu sofresse o mesmo que tu sofreste?É isso não é?Porquê?

domingo, fevereiro 01, 2004

Originalidade?

"O estilo é o próprio homem" (George Buffon)
Então e aqueles "homens" que se limitam a imitar o que vêem nos outros?Também fazem parte deste estilo?Também têm estilo?Não me parece...O que me parece é que imitar alguém é roubar-lhe a identidade!Devia ser punido por lei!
No que toca a roupa não será tão importante..afinal pode haver gostos semelhantes (sim porque não há um gosto igual) mas quanto a frases?A respostas?A textos?A divagações?A opiniões?Não é isto grave?Isto não indigna qualquer um?A mim indigna!
Enfim..o que se pode fazer se esses "homens" estão presos à rotina?A uma falta de originalidade tal que..coitados!Não se pode exigir muito porque podem estoirar os seus, já poucos, neurónios...Talvez um dia percebam que qualquer coisa que se expresse faz parte de uma identidade genuína que mesmo que queiram nunca poderão roubar à pessoa de origem pois tudo o que copiarem não passará disso mesmo, uma mera cópia, falsa, sem o seu autêntico código pessoal, sem o seu eu...
E se nunca chegarem a perceber isto?Então aí...é um caso clínico e não sou eu que com algumas palavras os vou curar...Temos pena!


Já não sei o que fazer...parece que estou sempre num turbilhão de pensamentos, de emoções, de sentimentos, de vontades, de desejos, de..de tudo!E ainda agora me apetecia escrever sobre o que me ia na alma...mas pensei melhor e é melhor não...que estranho...

Olho para o monitor e procuro uma nova mensagem...em vão...o telemovel também está silencioso...Porque não dizes nada?Porquê?Gostas de me ver nesta angústia não é?Mas tenho um defeito...sou precipitada...e digo tudo o que me vem à cabeça...e tu...tu calas e mais nada dizes.Ficas frio qual neve caída que apesar de pura e bela é fria...e nos deixa frios...Nada há pois a ser feito e eu abandono o meu posto de vigília vazia, oca...E eis que uma chama me invade.Será raiva?Arrependimento?Ou será uma chama que me diz para falar contigo para gritar até repares que estou aqui e que espero um pedido de desculpas...
Tola...o teu silêncio esconde orgulho...e apesar de tudo o que já me disses-te...agora nada dizes e esse calar é o mais ensurdecedor que já ouvi.Quero um suspiro, uma voz, um grito!Mas silêncio?...Não!