html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> Tudo&Nada: 03/01/2004 - 04/01/2004

Tudo&Nada

Retalhos de tudo...e de nada...

quarta-feira, março 31, 2004

Could it be any harder to live my life without you?

Se sonhasse um novo mundo?
Se alcançasse as estrelas?
Brilhariam só para nós,
Só nós poderíamos vê-las.

Se esse mundo fosse perfeito?
Se tudo nos pertencesse?
Conseguias ficar longe de mim
Apenas para que não sofresse?

Se estivesses nele ao meu lado?
Se dos meus olhos saíssem chamas?
Daquelas que te invadem,
E me protegem como escamas.

Se com um sopro apagasse o sol?
Se com a mão agarrasse a lua?
Tudo isto bastaria
Para me tornar outra vez tua?

E se esse sonho se tornasse realidade?
E se sonhando assim tudo fosse verdade?
Teria eu coragem de te demonstrar
Ou ficaria tudo pela metade?

sexta-feira, março 26, 2004

Nasceste do vulto
Só para me apoderar,
Voas ao sabor do vento,
Tentas-me encantar,

Assaltas-me o pensamento,
És o senhor do luar,
No teu sorriso brinca
A luz do sol raiar,

Pedes-me um momento
Que eu não posso dar,
Viras-me as costas...E eu...
Não te posso mais tentar

Os meus olhos já só são
amargas lágrimas
de doces recordações,
agora, só são ilusões...

Desapareces, então,
envolto na bruma...
E tudo acaba, não...
Tudo se esfuma...


sexta-feira, março 19, 2004

Pensem nisto, talvez valha a pena...

O autor é o João Pereira Coutinho, não o milionário mas sim o jornalista (pelo menos era o que dizia no mail que recebi):
Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário:estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce não numa família mas numa pista de atletismo com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis. E um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição. Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho, as quecas de sonho. Não admira que, até 2020, um terço da população mundial estará a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro:quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência. Mas a felicidade.

domingo, março 14, 2004

Sónia

Sónia: Russo, Sonja, significa sábia. Ou variação de Sofia. Simboliza o respeito por valores éticos e morais. É próprio de mulheres que levam à prática seus pensamentos, especialmente no campo afetivo e passional. Em geral, conduzem-se na vida com ingenuidade e simplicidade.

Uma pessoa nasce e assim que os pais colocam um nome fica rotulada para toda a vida...O meu rótulo é este, resta-me lutar para me libertar dele e ter um quê de original nesta vida...Ou então não.

sexta-feira, março 12, 2004

Um dia

Olho pela janela e vejo as árvores chorarem, os pássaros esconderem-se e as pessoas cabisbaixas acelerarem o passo, para não serem atingidas por estas lágrimas, fogem todos com medo de que se infiltrem nos seus corpos e se alojem num canto do coração. Fogem todos menos tu. Ficas no meio da rua a ver o triste do céu que é apenas iluminado pelo teu sorriso, o teu sorriso de sol lembras-te? Vês as árvores lacrimejantes e os fugitivos já só são vultos negros nesta paisagem, não tens medo e deixas-te invadir por estas lágrimas doridas e que fazem doer...Estendes-me a tua mão, que não é grande mas que traz consigo um mundo que eu tanto procuro. Tento agarrá-la mas escorrem-me entre os dedos lágrimas e não consigo tê-la para mim. Afasto-me e estás cada vez mais longe sem que eu possa gritar o teu nome para que lances um ultimo olhar e notes a minha presença...
E agora quando eu mais preciso de ti olho para o meu lado e tudo é vazio e tudo é triste... Vou esperando por mais um sinal de vida, nem que seja um suspiro, um olhar, um beijo...Mas nada, estendeste-me um mundo que eu transformei em lágrimas e disseste-me que houvesse o que houvesse nada mudaria, só que parece que tudo desmoronou como um castelo de cartas entrelaçado pela brisa da tarde...
Preciso que fiques ao meu lado, em silêncio, para que não seja crivada de palavras, para que possa apenas sentir o teu corpo e ver que não estou só, para ser brindada com um doce olhar de compreensão e aquele sorriso que ilumina todas as trevas que há em mim.
Um dia, lembro-me tão bem, disseste que estarias sempre aqui, para tudo...
Mas não estás.

quarta-feira, março 10, 2004

All I can do

Life is no longer mine
Everyone meddles in
And I just let it go…

Then I see them standing back
Wanting more from me
And all I can do is try…

Then I see him standing back
Wanting more from me
And all I can do is try…

Then I see you standing back
Wanting more from me
And all I can do is try...

Then I see me standing here
Wanting more from me
And all I can do is cry...



(devo dizer que estes versozitos foram "inspirados" na musica Try de Nelly Furtado)

domingo, março 07, 2004

Ontem é uma aranha

Ontem foi um daqueles dias em que se misturam todas as coisas que não se deviam misturar...Tudo aquilo que não queria fazer fiz...Tudo aquilo que queria fazer, não fiz...Disse tudo o que não devia e calei quando a minha boca devia ter tomado iniciativa própria e lutar com palavras...Olhei em frente quando devia ter olhado para trás e tropecei por não aguentar mais quando os meus olhos deviam ter seguido o horizonte e não o chão...
Ontem já passou...O tempo passa por nós sem que nos apercebamos mas nós continuamos gravados no passado, sem qualquer defesa contra esta aranha que é o tempo e que nos vai tecendo uma teia, nos vai envolvendo cada vez mais até estarmos no centro, sem espaço para mais um pequeno passo, sem espaço para tomar a decisão seguinte, sem espaço sequer para respirar...
Ontem é assustador pois já não o podemos alterar, é um tempo que passou e que nunca mais voltará atrás por muito que o tentemos recuperar, é um dia irremediavelmente passado como tantos outros onde nós tivemos o nosso protagonismo mas que eu, ontem, não o soube aproveitar contentado-me com o papel secundário...
Ontem foi assustador mas mais ainda o é hoje, dia que estou a viver agora envolvida pela teia do ontem que não me deixa viver em paz, sou a presa da aranha e parece que ela brinca comigo, testa-me para perceber até onde as minhas forças irão, até onde resistirei...
Ontem apoderou-se de mim, não o consigo esquecer e por mais que tente a minha memória não o apagará, muito pelo contrário, o ontem tornou-se o meu hoje e conquistou o meu amanhã...
Ontem é uma aranha e eu a sua presa...

quinta-feira, março 04, 2004

It's easier to run...

Easier to run

It's easier to run
Replacing this pain with something numb
It's so much easier to go
Than face all this pain here all alone

Something has been taken from deep inside of me
The secret I've kept locked away no one can ever see
Wounds so deep they never show they never go away
Like moving pictures in my head for years and years they've played

(If I could change I would take back the pain I would)
(Retrace every wrong move that I made I would)
(If I could stand up and take the blame I would)
(If I could take all the shame to the grave I would)

Sometimes I remember the darkness of my past
Bringing back these memories I wish I didn't have
Sometimes I think of letting go and never looking back
And never moving forward so there'd never be a past

Just washing it aside
All of the helplessness inside
Pretending I don't feel misplaced
It's so much simpler than change

It's easier to run...

Linkin Park (com supressões)


segunda-feira, março 01, 2004

Fraca

Envolta num manto de escuridão,
Perseguida por palavras em flecha,
O medo ataca o frágil coração,
A razão parece fazer uma sesta

Fraca sou sem querer
Amarrada sem perceber
Sem chave para me libertar
E ninguém para me suportar

A medo lá vou vivendo
Mas sempre sem amar,
Não consigo deixar de ser...

Fraca, vou perdendo...
Incapaz de parar ou tentar,
Simplesmente incapaz de viver

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