html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> Tudo&Nada: 05/01/2005 - 06/01/2005

Tudo&Nada

Retalhos de tudo...e de nada...

terça-feira, maio 31, 2005

Entrego-me perdidamente loucamente
Ao ritmo da música frenética
Ao som da melodia que me lembra
De ti
Espera-me agora que não estou aí
Recorda-me sempre
Porque eu nunca me esqueço
De ti
Nua à minha volta o silêncio é tempo
Tempo de espera de amargura
Desejo sofregamente as ondas
Que lambem os meus pés na praia
E me cercam sem saberem
De ti
Porque tu não estás aqui
Eu lanço chamas sem acertar no alvo
No puzzle incompleto da vida
Sem ti
Não sou quem julgava ser
Quando estás parece tudo diferente
Perdido sentido misteriosamente resolvido
Sem ti
Magoo-te não quero que sofras
Esquece-me agora enquanto é tempo
E não estás amarrado á minha sombra
Confusa emaranhada despegada amarrada
Por ti
Voou aos céus e trago-te um pedaço de nuvem
De sonhos silenciados no caminho
Da espera da revolta do tempo achado
Mergulho nos mares e afundo-me
Por ti
Busca-me agora que me olhas
E com esse teu olhar acorda-me
Ressuscita-me revigora-me reaviva-me
Em ti

sexta-feira, maio 20, 2005

Volto-me para o mar.
Embala-me os sonhos,
Devolve-me a calma
Que busco com o olhar.
Envolta no vento,
No canto dos pássaros,
No silêncio do tempo,
No cheiro do mar,
Possuí-me uma força
Suprema que me consome
E me beija a face
Sugando-me o ar.

quinta-feira, maio 19, 2005

Nem tenho título para isto...

Sinto-me vazia...Completamente oca de ideias, de pensamentos, de sentimentos. Fico para aqui a olhar como se nada se passasse à minha volta, como se a música que está a tocar não estivesse demasiado alta e não me incomodasse minimamente, como se aquilo que me estão a dizer não fizesse sentido algum. Fico para aqui sentada sem fazer qualquer movimento a não ser o bater monótono das teclas, toc toc toc mais uma palavra cuspida sem sentido, toc toc toc mais uma palavra injectada à pressa para que não se irritem. E uma lágrima escorre sem eu saber porquê, é uma lágrima oca mas com todo um sentido, toda uma realidade subjacente. Não, vá levanta-te e anda, canta, dança, grita se quiseres mas não te conformes a olhar pela janela e a ver os carros passar como vidas independentes que são e que tu nunca poderás conhecer, nem ter. Brinca com o teu cabelo como fazias antes...Nem escrever já sabes...Chora já que não sabes fazer mais nada! E agora sentes-te mais vazia pois as lágrimas limpam a alma, varrem-na como se fosse uma rua suja, trazendo a sujidade para a berma da estrada onde invariavelmente se apoderará da rua quando a chuva passar outra vez...Um arrepio percorre-me todo o corpo, estúpida música alegre que despertou os meus sentidos. Adormece e liberta-te, sonha e reinventa-te, desaparece e de uma vez por todas OLHA PARA TI. Vai ao espelho da casa de banho e olha para lá. O que vês? Dois olhos perdidos em busca da perdição. Se te perdes agora...Já não te encontras, já não te encontram. Não olhes para o espelho que ele traz o reflexo de tudo o que não podes ver agora e que te angustia. Olha para o espelho que ele traz o reflexo de tudo o que tens de ver agora e que por isso mesmo te angustia. Olha para o espelho e faz perguntas. Mas não respondas porque isso quebra o encanto. De qualquer maneira, não tinhas as respostas. Sim...as respostas, aquelas que são as certas, aquelas que não queres ouvir porque não as queres seguir, talvez porque sejam as certas e tu hoje queiras errar. Que mal é que tem querer errar? Só assim se aprende. E não me venhas tu dizer que está mal porque eu não te vou ouvir! E não me venhas tu dizer que tenho de fazer aquilo porque agora não me apetece, não me apetece pronto! E não me venhas tu dizer que eu não posso fazer isto porque é o que eu quero fazer e não és tu, um simples tu, que me vai impedir. Ninguém me pode impedir, só eu! E vejo-me a braços com uma serie de convenções de tus, de eles e de elas que me querem ensinar a viver a minha vida...E eu às vezes ainda fico a olhar-lhes, de lado é certo, mas passivamente...Porque eles têm uma grande importância sabem? Afinal de contas eu sou só uma no meio da multidão e o que vale uma perante todos? Nada! Ou quase nada...A única coisa a ser feita é encontrar-me e depois logo penso em encontrar os outros...O problema é que tenho andado meio escondida de mim própria. Porquê? Tenho medo de me encontrar, já sei que não vou gostar do que me habita, é tão simples quanto isso. Medo. Resume-se sempre a isto. Vergonha. Desculpas? Não...Farei o mesmo...Ninguém consegue desculpar o indesculpável. Releio e nada faz sentido, tudo misturado, tudo confuso, sim vs não talvez vs certeza AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH. FIM. Não...apenas o começar de uma nova dúvida cheia de vazio.