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Tudo&Nada

Retalhos de tudo...e de nada...

quinta-feira, agosto 30, 2007

Nada

Desde Maio que não escrevia aqui. Vendo bem as coisas, desde há muito que não escrevo nada de relevante (se é que alguma vez isso aconteceu). E, por ironia, sempre quis ser escritora, não uma qualquer, claro que não, nunca ninguém quer ser "um qualquer", quer sempre ser "o único", "o diferente", "o pioneiro", "o tal". Vendo bem as coisas, é apenas uma questão de gramática... O facto é que mudei. Não, não foi de repente, foi algo gradual desde há um ano para cá (mais coisa menos coisa). E, para meu espanto que achava que as pessoas só mudavam se fosse para melhor, mudei para pior. Bem pior, para ser sincera. Podem até pensar que é exagero ou que estou a dramatizar, talvez esteja, não faço ideia, é tudo relativo certo? (só para ter em linha de conta, voltei a ouvir a "save me" dos hanson mais de 5 vezes seguidas, o que, segundo os meus cálculos, não é lá muito bom sinal). Mas voltando à minha mudança, desde há um ano para cá deixei de acreditar que há pessoas perfeitas. Sempre acharam que não havia não é? Mas eu sempre fui uma daquelas miúdas burras que acreditava na perfeição dos gestos, do sorriso e, acima de tudo, do carácter. Ao longo de um ano andei a tentar enganar-me, a tentar acreditar de novo na perfeição. Impossível. Uma vez que a magia se desvanece, já não volta, por mais que se tente, por mais que se remende, por mais que a chamemos de volta, ela é teimosa demais para voltar e o tentar acreditar com todas as nossas forças só serve para esgotá-las. Acho que deixar de acreditar na perfeição é mudar para pior, é desconfiar de cada palavra, é ficar na defensiva, é ter medo do mergulho no abismo, é pintar o mundo de cores pálidas, é amar sem entrega. E eu sou daquelas pessoas que não sei amar sem entrega.
Como pode ao longo de um ano tanta coisa mudar? E como pode tudo ficar tão na mesma?


Bem, nada disto interessa, até porque não consigo escrever tudo o que penso neste momento. O facto é que vou deixar de escrever no blogue. Já não faz sentido. Nada do antigamente faz hoje sentido.

domingo, maio 27, 2007

Eu apenas os odeio, mas não é nada pessoal.

segunda-feira, maio 07, 2007

Thinking Blogger Award


O meu blog recebeu este prémio do Segredos Aos Pedaços e diga-se fiquei muito, muito feliz, é bom saber que o que escrevemos faz os outros pensar o que, de alguma forma, contribuí para deixar neles um pouco de mim. O meu agradecimento.

Agora é a minha vez de premiar e como não posso pôr o blog que me atribuiu o prémio nem os por si nomeados, aqui vai a minha lista...

Carpe Diem

Problema de Expressão


Momentos

A Place for Us to Dream

YETI

quinta-feira, abril 26, 2007

Não se iludam

Porque é que as pessoas querem ser doidas e se auto-apelidam de tal?
A triste verdade é que são exactamente iguais a todos os outros. O verdadeiro louco nunca sabe que é louco, n'est pas?

segunda-feira, abril 16, 2007

Há tanto tempo que não sentia o sol na cara e os olhos vergarem-se sob o seu peso. A sensação de banho acabado de tomar é tão boa, faz-nos parecer tão livres e o vento que passa entre cada fio de cabelo seco e nos afaga, faz-nos sentir um friozinho bom, libertador.
Entro no comboio e coloco os phones (já não fazia isto há muito), ouve-se o apito e ele parte, com destino, o que é uma pena.
Observo a paisagem que estou acostumada a ver todos os dias mas hoje, ao sabor da música, parece que se move de maneira diferente. As árvores estão de um verde mais escuro e movem-se mais rápido que o habitual, as pessoas na estação estão cabisbaixas e colocam-se a uma distância de segurança umas das outras. Porque será que não se aproximam?
A casa branca ainda está no mesmo sítio e continua eternamente à espera que a restaurem. Bem merecia, branca, de estilo senhorial, as janelas de um turquesa claro e à volta motivos florais, lembra o tempo dos escravos e dos senhores do café no Brasil. Não sei muito bem porquê o Brasil… há algo nela… não sei, talvez as casas tenham essência e esta entranha-se em nós e faz-nos ter estes pensamentos dissonantes.
Decididamente a música que vou ouvindo condiciona o meu olhar sobre as coisas. Se é mais calma ou romântica (would I lie to you baby…) reparo em como o dia está bonito com o sol tão forte, o céu tão azul, apesar das pequenas nuvens que o decoram, as árvores esguias e abraçadas, os pássaros cortantes. Se é mais triste e depressiva esqueço o meu medo de túneis e anseio pela sua escuridão, observo que o Homem mata a Natureza com o seu egoísmo (o m.q. obras e mais obras) e desejo que a viagem não termine. Talvez a música seja um estado de espírito. De qualquer maneira, é o nosso estado de espírito que decide as músicas que ouvimos e, portanto, o nosso olhar sobre a realidade.
Quando se tem um aperto no coração o que é que isso pode significar? Mau pressentimento? Que se está triste? Ou pura e simplesmente que não se sabe o que fazer?
E esta miúda que se sentou à minha frente tem um olhar tão assustado… Tem calma que ninguém te faz mal, apetece dizer-lhe. Não é preciso teres os braços cruzados a proteger o peito, ninguém te rouba o coração, e essa desconfiança no olhar… Não és bonita e o cabelo escorrido dá-te um ar de abandono (abandonaram-te? Ou pior, abandonaste-te?) mas esse olhar triste abona em ter favor. Há sempre algum coração mole pronto a acolher os miseráveis da vida.
Que banco era aquele no meio do nada com imensas flores amarelas pequeninas em volta? Talvez já tenha sido refúgio de namorados e as flores tenham crescido com as lágrimas da saudade… Se calhar já foi poiso de uma velhota, daquelas muito velhotas, que gostam de fazer bolos e pôr flores em jarras para perfumar a casa, quando vêm os netos.
E porque é que os bairros sociais são sempre tão feios e com prédios paralelos e iguais? Porque é que não gosto de homens de bigode mas barba já acho tão sexy?
Continuas triste miúda… O que te aconteceu? Escondes as mãos com a blusa, foi algo que fizeste?
Não gosto que me olhem por cima do ombro enquanto escrevo, nada mesmo! (sim, é para tu aí que estás ao meu lado).
Ah! A ponte. Enfim, a ponte, Apesar de fazer esta viagem sempre, adoro este momento. O Tejo estendido ao longo desta Lisboa adormecida.
Bela mensagem para me mandares agora. Tu ou o meu futuro.
Parece-me que não tenho escolha, não é?

quarta-feira, abril 04, 2007

Interessante...

You Are Surrealism

Dreamy and idealistic, you've created a world that is all your own.
It's very likely that you've either dabbled in drugs or are naturally trippy.
You are always trying to push beyond the boundaries of your culture and society.
You believe that art, love, and freedom can change the world.

segunda-feira, abril 02, 2007

Coisas de Crianças

-A lua é feita de pedra.
-E as nuvens de algodão doce, não é?

Sorrio. É tão lindo ser criança.